Às Profundezas de Deus

16/11/2011 20:52

 

ÀS PROFUNDEZAS DE DEUS (Ez. 47.5)

Natanael V. Ferreira

 

 

            Sabemos que as profundezas de Deus ninguém pode sondar quando simplesmente quer. Quem pode entender o caminho do Todo Poderoso se Ele não revelar? Quando quer dispersa os homens, e uma nuvem de poeira enterra multidões sem que eles possam salvar suas vidas. Faz das gotas de chuva pedras para castigar os homens maus, mas para os humildes e fieis Ele prontamente está a guardar no Seu manto de misericórdia. Quando está com o homem, Deus é amigo. Quando está adiante, Deus é escudo. Quando está por detrás, Deus é mantimento. Quando está à direita Ele é espada, e à esquerda Ele é a funda munida com uma pedra lavrada. Quando está sobre, Ele é coluna de nuvem ou de fogo. Quando está sob, Ele é o caminho. Ninguém pelo seu conhecimento ou sabedoria poderá encontrar Deus. È Ele quem se revela (Jo. 1.14). Se o homem levantar contendas contra Deus, o próprio homem perderá a paz (Jó 9.4).

            Esta visão de Ezequiel (heb. Deus fortaleceu, Deus fortaleza) aconteceu quando Joaquim (heb. Jeová estabeleceu, Jeová tem levantado) rei de Judá estava a 25 anos cativo na Babilônia. Sendo que Joaquim foi liberto 14 anos depois, isto é, no 37º ano do seu cativeiro por Evil-Merodaque, rei da Babilônia, filho de Nabucodonosor. Desta forma Joaquim recebe um tratamento diferenciado de todos os outros reis (Jr. 52.31-34).

            Analisando as letras sagradas:

            Ezequiel conseguiu ver o homem porque sempre observava o oriente (v. 3). Isto se dá após as especificações dadas pelo Senhor ao profeta acerca do santuário e das leis eternais (cap. 40-43).

            CAPÍTULO 40 – O homem cuja aparência era como a aparência do cobre (v. 3) estava em pé na porta. Não era uma recomendação e sim uma ordem: “...olha com os teus olhos, e ouvi com os teus ouvidos. Colocando no coração tudo o que fosse visto (v. 4). Eis a recomendação dada pelas Escrituras: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida (Pv. 4.23)”. O objetivo era Ezequiel ver, ouvir, guardar, e por fim, transmitir à Israel a mensagem de Deus (v. 4). Então o homem que tinha em sua mão um cordel de medir sobe pelos degraus e chega até a porta que olhava para o caminho do oriente (v. 6). Observa-se que o profeta era levado às portas, pois ali haviam caminhos (vv. 6,24,27,28,32).

             CAPÍTULO 47 – Nota-se que o vers. 1 relata que o rio saia debaixo do Templo, mas não relata qual é sua nascente. Em todo o tempo se olhava para o oriente, indicando a volta de Jesus. Ezequiel só pode enxergar que as águas corriam pelo lado direito quando se permitiu ser tirado pela porta do norte e andar pelo caminho de fora. Há coisas reveladas ao homem somente quando este se permite ser direcionado por Deus. Para enxergar o que está fora é necessário sairmos de dentro, mas jamais tirando o observar da volta de Cristo. Somente após este processo de mudança e observância é que Ele nos leva a conhecer o ribeiro de águas.

            Após as especificações gerais do santuário o profeta é levado ao átrio exterior para o caminho do norte. De forma gloriosa o profeta relata (43.1-5) que ao ser levado à porta que dá acesso ao caminho do oriente a glória do Senhor se manifestou. Sua voz era como de muitas águas e a terra resplandeceu por causa da sua glória. Após conhecer o átrio exterior Ezequiel é levado ao átrio interior pelo Espírito do Senhor (43.5). Para cada porta o profeta tinha acesso a um lugar, mas quando ele chega no cap. 44.1 havia uma porta fechada.